
Havia uma caverna,
Profunda e negra
viva:
a morte.
Você tremia, chorava, no entrave da alma:
entraste e desceste.
Imaginou ver alguma ilusão imitando
as sombras.
Caiu, chorou, despiu-se
ao subir às pressas,
pelo buraco aberto em luz,
Cuspiu-se.
Entrando contigo à frente, dei-te a mão, atrás, apoiei-te o ombro,
abaixo, cuidei que seus pés não resvalassem em pedra.
acima, protegi teu cabelo e testa das frias pontas de espinho.
Esqueci, contudo, que nessa posição, tornei-me parte da caverna,
Confundido com o que no fundo,
do fundo são, em si, apenas sombras.
Profunda e negra
viva:
a morte.
Você tremia, chorava, no entrave da alma:
entraste e desceste.
Imaginou ver alguma ilusão imitando
as sombras.
Caiu, chorou, despiu-se
ao subir às pressas,
pelo buraco aberto em luz,
Cuspiu-se.
Entrando contigo à frente, dei-te a mão, atrás, apoiei-te o ombro,
abaixo, cuidei que seus pés não resvalassem em pedra.
acima, protegi teu cabelo e testa das frias pontas de espinho.
Esqueci, contudo, que nessa posição, tornei-me parte da caverna,
Confundido com o que no fundo,
do fundo são, em si, apenas sombras.
(Conrad Pichler, 14/IV/2009)
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