Olá, amigos.
Eu estou bem triste ultimamente, porque não tenho nada bom para publicar aqui, nem sei se continuarei publicando... mas, numa conversa com o meu amigo Josa (/josaias2 e Piores Manuscritos) tive uma idéia: publicar os motivos que me fizeram colocar cada um dos textos no ar, acho que alguns de vocês sempre quiseram saber ou, pelo menos, alguns me perguntaram, quem sabe assim não surgem, os sempre bem-vindos, comentários. E, para falar a verdade, eu achei bem bacana falar da guria que inspirou os textos "românticos" e os amigos que me incentivaram a escrever outros tantos.. ah! claro, há aqueles que mandaram bons textos autorais. Obrigado a todos pela companhia!
Bem, de dois em dois os "porquês" irão ao ar:
Playing it again: Eu sei que não devia dizer... (27/8/2005):
Esse provavelmente é texto mais pessoal que escrevi e publiquei aqui no DRblog. Um dia estava na escola entre um aula e outra e vi uma garota (não, não era uma aluna) por quem havia me apaixonando durante uma excursão (verdade!), quase como uma psicografia comecei a rabiscar umas linhas. Parecia tudo muito confuso, com frases curtas, quase inexplicáveis, mas decidi que teria que ser uma narrativa, como aquelas colagens "cinematográficas" que o Oswald de Andrade usou em "Memórias Sentimentais de João Miramar", ou como que cada frase fosse um quadro ou uma página numa das minhas preferidas histórias em quadrinhos, "Superman: Identidade Secreta", de Kurt Busiek e Stuart Immonen. Tentei construir uma "suspensão da ação" do narrador, que aparece apenas "narrando" (inclusive suas ações... vai explicar...), como se estivesse "vivo" mas não "em vida", por que era exatamente assim que eu me sentia ou me "percebia" naquele momento. Agora, diga você, não teve aquele momento da sua vida que você por mais envolvido que estivesse numa situação, você se sentia "fora da vida", "fora do mundo", ou como quando a gente está caindo e tem a perfeita noção e consciência do que está acontecendo, mas tudo parece em câmera lenta e você pode pensar em tudo que pode te acontecer? Pois bem, era assim que eu me sentia quando estava perto daquela guria. E por mais apaixonado que estivesse, sabia que no fim ia me estatelar no chão... ou melhor, que ela ficaria noiva de um "bobão" qualquer.
Nota: esse texto recebeu um belo comentário do Emerson Sitta.
Ambíguas (27/8/2005):
Essa poesia foi uma surpresa para mim, não escrevia nada fazia um tempo, até que fiz "Eu sei que não devia dizer...", fiquei empolgado e queria escrever outro, mas não conseguia construir uma narrativa como queria, a imagem que tinha em mente não se realizava numa narrativa, até que comecei a escrever poesia. Aprofundei uma ambigüidade entre a relação "dialética" da água e da praia e o mesmo tipo de relação que há entre o homem e a mulher. A surpresa veio a seguir, o texto estava muito erótico (não pornográfico, porém, de certa forma, sensual), falava de corpo, de respiração, de movimento. A disposição de versos longos em uma estrofe e versos curtos em outra, era a concretização do movimento das ondas do mar (é, me lembrei do conto que li para um projeto da PUC, "Leitura de uma onda", do livro "Palomar", de Ítalo Calvino), porém, ambiguamente esse mesmo movimento lembra um casal namorando (teve gente que arregalou o olhos e disse: "você fez isso!?", com minha fama de "monge", devo ter causado muito estranhamento). Gostei muito dessa dúvida e do estranhamento (intrínseco e extrínseco), decidi chamar a poesia de "Ambíguas", pretenso título de uma série de poemas que não produzi. Ah! ia esquecendo, também dediquei (secretamente) esse poema à garota por quem me apaixonei... é... sem mais comentários.
2 comentários:
teste... é... teste... sim... teste...
Agora deu certoooooo! Oba!
Passei para deixar um abraço e dizer que...
Amei teu Blog!
Tia Maria :o)
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