
Antes do antes:
“Penso como meu amigo Niemeyer, temos de ser consistentes até o final”
“Penso como meu amigo Niemeyer, temos de ser consistentes até o final”
(Fidel Castro, 19/02/2008)
Antes:
“o bom é que o Fidel é coerente
e fiel
Deus é Fidel”
(Caio Mendes, no MSN, 19/02/2008)
Depois:
o bom Fidel é coerente
coerente
e fiel
Fidel
é Fidel
de tal modo inexprimível
coerência
não é Fidel que é Deus
incoerente
Deus é que é Fidel
Deus é Fidel
o bom Fidel é coerente
coerente
e fiel
Fidel
é Fidel
de tal modo inexprimível
coerência
não é Fidel que é Deus
incoerente
Deus é que é Fidel
Deus é Fidel
(Conrad Pichler, 19/02/2008)
5 comentários:
Muito obrigado por minha inclusão Conrad!
Não pensei que minha tentativa de piada fosse tão levada a sério, mesmo pelo contexto que ela poderia abordar.
Desculpe-me por não te responder por MSN... eu estava fora do computador
Por coincidência passou uma mulher falando do Fidel na Cultura. Um pouco depois da postagem do grande Conrad.
Qual seria a consistência do ser?
Fidel é bastante criticado por não continuar com "o processo comunista" e estagnar o estado em seu domínio. Se ele é incoerente por esse motivo, talvez um modo de legitima-lo seja endeusá-lo com sua fidelidade fundamentalista ( o que também é completamente incoerente com a proposta comunista ). Aderir a palavra "consistência" como "entidade novalinguística" é um tanto perigoso dentro da perspectiva orwellística. Mero fruto da ideologia da ocultação e da exclusão alienante. Se a "entidade" é tão sólida assim, porque não desmanchá-lo pelos ares dialeticamente?
Partindo agora para o "processo contrário", não sendo Fidel um Deus mas sim "conseqüência" de um, a coerência nasce da representação particionada de Deus como a inexprimível busca humana através dos partidos.
Talvez fosse melhor que Fidel fosse sacrificado em algum rito pagão e antropofagizado para dar mais consistência ao resto do mundo, assim como as outras "entidades históricas". Negação da negação partidária consiste ( ou pelo menos deveria ) em unir os pedaços de um Deus vivente dentro das cabeças buscantes.
Cortar o mundo em cubículos não faz parte das curvas de Einstein Niemeyeranas. Pelo menos podem ser digeridos para que todos possam sentir seu gosto monótono do Deus cozinheiro.
Espero que eu não tenha falado muita besteira...
poxa, conrad, eu pensei "vou entrar no blog do conrad e vou ver muitos novos pensamentos!" broxei, cara... dois novos posts! gostei do do fidel, e go anterior também. mas veja bem meu amigo. sei lá. que andas fazendo, pensando, lendo, ou tramando?
me manda noticias do mundo daí, pr'eu saber o que te dizer daqui.
um abraço!
ah, e sobre a frase do mendão, currrrrrrrrrrrti.
poxa, só pra você saber, conrad, o anônimo aqui é o tchê!
Tchê,
Pois é, se não fosse a frase do Mendes, seria apenas um post nesse ano... viva la revolución!
Vou tentar postar algo para breve... só preciso de tempo para escrever...
Mendes, Mendes...
Eis que a consistência do ser é frágil: sólida, porém 3/4 de água (gelo e limão para acompanhar) fazem de nossa massa quase fluida.
tão fluida quanto nossas palavras, ideologias e discursos... mesmo aqueles intemináveis e quase palpáveis do Fidel... qual a consistência? Inconsistência.
dizer que Fidel é Deus é tão verdadeiro quando provocador, Fidel é a alegoria de Deus, umbra futurorum, pois acreditam os cristão que todos são imagem e semelhança de Deus, inclusive Fidel e la revolución... taí, vai ver por isso que os comunistas aboliram tudo da religiosidade grega, menos os ícones e estandartes...
Inconsistes? Somos todos nós, porque somos 3/4 de água, gelo e limão e muitas palavras num discurso palpável!
Abraços,
Conrad
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