Meia noite,
O meu teclado está vazio
O som está vazio
Os fundos dos meus bolsos, um furo
Vazio.
Ligou para você perguntando de mim,
Agradecendo o colar,
Perguntando por que da voz grossa,
Se desculpando por te acordar.
Dizendo que ninguém melhor do que você
Que sou eu
Saberia do que iria gostar.
Despediu-se dando um beijo,
amanhã eu te ligo,
obrigada.
Meia noite,
o meu teclado está vazio
O surdo está vazio
Os fundos do oceano, um furo
Redemoinho.
Conectei para escrever para você,
Contando do meu dia,
Agradecendo por me ignorar,
Sepultando meu orgulho,
Meu ego e meu umbigo.
Dizendo que ninguém, nem você
além de mim
tinha me ouvido falar de amor.
Despediu-me, entregou a carteira
Amanhã, acordo às quatro da matina e pego a fila do seguro desemprego,
obrigado.
Meia noite,
A meia noite está vazia
Os fundos dos meus olhos, um ponto cego
Miopia.
(Conrad Pichler, 08 de março de 2009)
3 comentários:
Olá Conrad!
Então, também estou a conhecer teu blog =)
Adorei teu comentário, principalmente sobre tirar o conhecimento do gueto. Acho que é isso mesmo. Comento sobre minha profissão por lá e acabo desmistificando algumas coisas. Assim como vc escreve suas poesias por aqui e acaba fazendo o mesmo.
Afinal, muitos gostariam de ser músicos, e muitos gostariam de ser poetas, não? Hehe.
Só escrevo bem por ter tido um ótimo professor de português/literatura na minha vida. Vocês são importantes na vida das pessoas! Sempre que o vejo comento isso com ele =)
Abração!
Professor, é você quem escreve todas essas poesias? :]
Eu ameeei em especial essa, me fez refletir muitas coisas!
parabés pelo blog!
BOAA PÁSCOA "SOOOR" :]
Sensacional. Adorei.
Que misto estranho e envolvente de lirismo e tragédia.
Que bela desgraça, meu caro.
Fico feliz, amigo, de ver-te a versar novamente.
Senhor de críticas, parceiro e belo leitor, só faltava mesmo viver para viver poemas.
Um abraço saudoso
Emerson Sitta
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